Fica aqui a referência ao blogue Não Apaguem a memória !, com uma linha editorial perfeita, pelos contribuidores : João Miguel Almeida, Paula cabeçadas, Daniel Melo, Cláudia Castelo, António Melo e Joana Lopes.
“Somos um movimento cívico que nasceu de um acto de protesto contra o apagamento da memória histórica da resistência à ditadura do Estado Novo.
Recusamos absolver historicamente o fascismo e os crimes que em seu nome se cometeram. Não nos move um intuito persecutório, tão só o respeito pelos que, por ansiarem por liberdade, foram perseguidos, presos, torturados e em muitos casos assassinados. Foi numa atitude solidária para com estes resistentes que estivemos no 5 de Outubro de 2005 diante da ex-sede central da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso (em Lisboa), em 1 de Abril no Forte de Peniche, em 1 de Julho no Aljube (Lisboa), em 16 de Julho à ex-sede da PIDE no Porto (actual Museu Militar). Quisemos dar público testemunho da nossa recusa no apagamento dessa memória de resistência à tirania.
Apelámos, a todos os que connosco partilhavam esta exigência de cidadania, que subscrevessem a petição à Assembleia da República, onde se reclama ao Estado português o reconhecimento da memória dessa resistência, que lutou sem tréguas para que vivamos
Somos um Movimento de cidadãs e cidadãos livres, auto-organizado e auto-dirigido, plural e aberto, que pretende contribuir para a salvaguarda e divulgação da memória da resistência à ditadura e ao fascismo. Ao fim de mais de 30 anos de regime democrático não se pode adiar mais o reconhecimento dessa resistência na construção da sociedade democrática que é a nossa.
O blogue Não Apaguem a Memória! quer ser um espaço de discussão sobre o que foi o regime ditatorial que dominou Portugal e os portugueses – social, cultural e politicamente – durante quase meio século.
Aceitamos discutir a história, queremos divulgar contributos que permitam melhor conhecer esse período histórico. Privilegiaremos os testemunhos dos antigos presos políticos. Não aceitamos, porém, o branqueamento da Ditadura Militar e do Estado Novo.
Somos pela democracia, pelo respeito das liberdades e pela defesa do Estado de Direito, pela defesa da dignidade dos homens e mulheres que se opuseram ao fascismo.
Estes são os nossos princípios e objectivos. É esta a linha que nos propomos seguir."
Vivam as bibliotecas vivas.
1 comentário:
Mais um blogue de CI, desta vez de um arquivista: A arca do conselho.
O que guardará a arca? Aguardemos.
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