“Bibliotecas Municipais de Lisboa: considerações sobre a gestão de colecções” comunicação apresentada ao 9º Congresso BAD, de Fernanda Eunice Figueiredo e Maria Carla Proença.
As autoras analisaram as colecções da Rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa, mediante o seu estudo e enquadramento na situação e dinâmicas de gestão que lhes têm sido aplicadas. Caracterizaram as colecções e o modelo actual de gestão, avaliaram-nas através de métodos qualitativos e quantitativos, usaram estatísticas, comparação com listas, e visaram identificar a dinâmica relação entre colecções das BLX e o universo dos seus utilizadores.
Fazem um enquadramento relativo aos aspectos demográficos de Lisboa e das colecções das bibliotecas públicas, reflectem sobre a necessidade da existência de um documento sobre a política de desenvolvimento das colecções para a rede de bibliotecas e chamam atenção para as directrizes da IFLA/UNESCO sobre este tema.
Relata-se como se procedeu à recolha de informação para compreender os processos inerentes à selecção dos fundos, política de constituição e desenvolvimento de colecções, as questões levantadas pelo depósito legal, pelas aquisições e doações.
Após a recolha das informações anteriores, as autoras procederam a uma análise segmentada da literatura de ficção para adultos, e explicam pormenorizadamente como utilizaram esta metodologia de trabalho.
De toda esta análise que efectuaram emergiram um conjunto de preocupações resultantes da identificação de alguns obstáculos à gestão adequada das colecções: ausência de objectivos precisos no âmbito da política de gestão documental, distanciamento entre colecções e utilizadores, elevado número de documentos por processar, oriundos do Depósito Legal, reduzido investimento em aquisições, falta de espaço, etc.
Os resultados obtidos possibilitaram um conhecimento que se pretende que contribua para a reformulação das orientações/procedimentos
Vivam as bibliotecas vivas.
3 comentários:
Aguardamos com grande expectativa as novas políticas para a gestão da colecção das bibliotecas de Lisboa. Citar as directrizes da IflA/Unesco não torna as bibliotcas mais vivas.
Oxalá que os cidadãos de Lisboa possam vir a usufruir de bibliotecas realmente vivas. As autoras da comunicação referem alguns problemas detectados: a ausência de objectivos precisos no âmbito da política de gestão documental, o distanciamento entre colecções e utilizadores, o elevado número de documentos por processar, oriundos do Depósito Legal, o reduzido investimento em aquisições, a falta de espaço,etc.
Concordo consigo quando afirma que não podemos estagnar em teorias. Amanhã é outra vez 25 de Abril!
Luísa Alvim
Citá-las pode não as tornar mais vivas... mas cumpri-las torna-as, com certeza!
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