quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Painel - Práticas de promoção de leitura

2ª Conferência Internacional Bibliotecas para a Vida | Évora
19 Novembro | 14h30

Nuno Marçal | Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova
Crónicas de um bibliotecário ambulante por terras e gentes de Proença-a-Nova
resumo:
A Bibliomóvel, ao iniciar as suas andanças por terras e gentes de Proença-a-Nova, tornou-se parte de uma história que teve o seu inicio, há cerca de 50 anos atrás com o aparecimento das saudosas Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian.
Orgulhosa de fazer parte deste legado, a Bibliomóvel procura através dos recursos humanos, técnicos e sentimentais levar algumas “aspirinas” contra a solidão e o isolamento às povoações do concelho.
Enquadrada em duas dimensões, na primeira prevalece o primado da Informação, no seu acesso de uma forma eficaz e eficiente e em vários suportes, sem esquecer a promoção do Livro e da Leitura em todas as faixas etárias, inclusive a 3ª Idade.
Para além disso apostamos também na criação de relações de proximidade e cumplicidade com as populações servidas pelos percursos da Bibliomóvel. Através destas relações procuramos dar algum alento a velhos anseios e eternos desejos de alguma companhia e afecto.

Pontos a salientar na apresentação:
  • 4 Princípios básicos no dia-a-dia de trabalho no Bibliomóvel: proximidade, cumplicidade, intimidade, amizade
  • Blogue O Papalagui
Susana Silvestre | Biblioteca Municipal de Odivelas
Leituras de berço: práticas de promoção da leitura com bebés dos 9 meses aos 3 anos e respectivas famílias
resumo:
Conscientes da importância da partilha do livro e da leitura na primeira infância, a Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas, tem em curso um laboratório de leitura intitulado “Dois braços para embalar uma voz para contar: actividades de leitura para bebés dos 9 meses aos 3 anos”.
A importância deste laboratório advém da possibilidade do mesmo suscitar questões que promovam a reflexão e a discussão sobre o papel das bibliotecas públicas portuguesas no suporte à literacia emergente e à literacia familiar.
Os contextos institucionais (nomeadamente a escola e a biblioteca), o contexto familiar e os contextos informais têm um papel importante na emergência de comportamentos de literacia. Nestes contextos, são analisadas não só as interacções entre o adulto e a criança, em situações de literacia partilhada, como também as tentativas, independentes da criança, na exploração do material impresso.
O contacto precoce das crianças com os livros e com a leitura deve ser uma preocupação constante das bibliotecas públicas e das famílias, pois mais importante que aprender a ler, de um ponto de vista formal, é a necessidade de promover situações de interacção em torno do material impresso, proporcionadas pelos adultos, no dia-a-dia da criança.
Para que o trabalho da biblioteca surta efeitos a longo prazo no contexto familiar, o laboratório foi estruturado em acções, direccionadas para grupos com um número de participantes restrito, com características idênticas, durante um determinado período de tempo (em média cada acção decorre num período de 6 meses)
A estrutura das sessões e o modo como são dinamizadas são constantemente alvo de avaliação, e por conseguinte alteradas e aperfeiçoadas, tendo por base a resposta dos pares aos estímulos criados pelos mediadores da leitura.

Pontos a salientar na apresentação do projecto:
  • literacia emergente
  • implementar bebetecas
  • envolver a família
  • formação de mediadores de leitura - não se formam bebés leitores, mas pais mediadores de leitura.
  • guidelines bebetecas - ver DGLB
Natália Caseiro | Escola Secundária de Domingos Sequeira, Leiria
Práticas de leitura dos jovens do ensino secundário - contributo para a sua compreensão
resumo:
Uma abordagem desapaixonada e sem estados de espírito sobre as práticas de leitura de jovens do ensino secundário, no ambiente de uma biblioteca escolar particular (Escola Secundária de Domingos Sequeira em Leiria), é o objectivo central desta comunicação.
Em termos metodológicos, vão ser explorados três tipos de dados. Por um lado, as evidências de uso deixadas pelos utilizadores no espaço da biblioteca e acumuladas durante mais de uma década; incluem dados estatísticos de requisição de documentos e marcas de uso deixadas pelos alunos nos livros e que transmitem ao observador distanciado um perfil de leitor e da própria instituição. Por outro lado, e com vista a um conhecimento mais grupal dos práticas de leitura do jovens, foi aplicado um questionário por inquérito, através da amostragem de três turmas do 11º ano de diferentes áreas de estudo da escola. Estes dados foram ainda complementados com abordagens de casos atípicos de jovens leitores que fogem a comportamentos padrão e que fazem da leitura um fenómeno complexo de análise, nem sempre redutível a determinismos familiares, geográficos, sociais ou outros.
Apesar de parcelar, este estudo poderá ser um contributo para a compreensão daquilo que lêem e como lêem os jovens de hoje e qual o espaço do livro nos seus hábitos culturais. Nem sempre conforme as idealizações dos adultos e das bibliotecas escolares.

Pontos a salientar na apresentação:
  • estudo académico por uma professora que coordena a biblioteca de uma escola do ensino secundário
  • comportamentos de leitura dos jovens estudantes
  • o livro mais requisitado - I´m a love wiht a pop star - Margarida R. Pinto
  • síntese do inquérito feito aos alunos. muita leitura por prazer; predomínio do pequeno leitor; leituras diferentes/género; utilização das tecnologias multimédias a par da escrita/leitura
  • conclusões sobre: identidade da cultura jovem, geografia de sexos nas práticas de leitura, padrão de leitura (em conformidade com o mercado e gosto massificado dominante)
Vivam as bibliotecas vivas.

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