terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Seminário Epistemologia das Ciências da Informação: Aproximações e problemáticas

09.15-09.30 Recepção dos participantes
09.45-10.00 Boas vindas e abertura
10.00-10.45 Ana Maria Cardoso [CIDEHUS, Universidade de Évora]
A construção da ciência em foco
10.45-11.30 Armando Malheiro da Silva
[Faculdade de Letras, Universidade do Porto]
Epistemologia da Ciência da Informação: questões e reflexões
11.30-12.30 Debate
12.30-14.00 Intervalo para almoço
14.00-14.30 José António Calixto [CIDEHUS, Universidade de Évora]
A elaboração de projectos de investigação: significado e prática
14.30-15.00 Cesaltina Pires [CEFAGE, Universidade de Évora]
Métodos quantitativos em Ciências Sociais
15.00-15.15 Pausa para café
15.15-15.45 Ana Maria Cardoso e José António
Calixto [CIDEHUS, Universidade de Évora]
Métodos qualitativos em Ciências Sociais
15.45-17.00 Debate
17.00 Encerramento

Universidade de Évora | Palácio do Vimioso| sala  111
5 Março 2010

Relatório sobre hábitos de leitura e compra de livros Espanha 2009

Informe de hábitos de lectura y compra de libros en 2009
EL BARÓMETRO EVIDENCIA EL MAPA DE LA DESIGUALDAD DE LA LECTURA EN ESPAÑA

• Sexo, edad, estudios, hábitat y ocupación son determinantes en el hábito lector
• Por primera vez la media de horas semanales dedicadas a la lectura supera las 6 horas entre los lectores frecuentes
• El índice de lectura se sitúa en el 55% de la población mayor de 14 años, porcentaje que se mantiene estable con oscilaciones en los últimos cinco años
• Los que más leen son los niños entre 10 y 13 años (91,2%) y los jóvenes entre 14 y 24 años (70,5%) y los mayores de 65 los que menos (29,8%)
• Casi un 25% de la población lee en Internet y el 28% acudió a una biblioteca
• La novela histórica es el género preferido entre los lectores, pero los hombres huyen de las románticas y las mujeres de las de ciencia ficción y fantásticas
• El perfil del lector español sigue siendo el de mujer, universitaria, joven y urbana que prefiere la novela, lee en castellano y en casa, por entretenimiento
• El 26% de los lectores elige libros de bolsillo, el 45% lee más en vacaciones y más de un 40% de los lectores compró libros no de texto en el último año
• El niño con el pijama de rayas de John Boyne ha sido el libro más leído en 2009, pero Larsson fue el autor más leído y comprado

La tasa de lectores de libros en España se situó en el 55% de la población mayor de 14 años en 2009, de los que el 41,3% asegura leer libros diaria o semanalmente, son lo llamados lectores frecuentes, y otro 13,7% son los denominados lectores ocasionales, que declaran leer alguna vez al mes o al trimestre, según los resultados del Barómetro de hábitos de lectura y compra de libros de la Federación de Gremios de Editores de España (FGEE), patrocinado por la Dirección General del Libro, Archivo y Bibliotecas del Ministerio de Cultura. Este dato pone de relieve que el porcentaje de lectores se ha mantenido, si bien con algunas oscilaciones, en los últimos cinco años.
El informe, elaborado por Conecta, destaca que el 45% de la población se declaran no lectores, de ellos el 13,6% casi nunca leen y el 31,4 no leen nunca.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Library 2.0



Em 2005, o conceito "Library 2.0", trazido ao mundo pelo Michael Casey, no blogue LibraryCrunch, 

Ao iniciar a leitura deste post no blogue do Michael Casey, apercebo-me que a reflexão ainda não terminou sobre o que queremos e desejamos para a Biblioteca 2.0, nesta discussão iniciada há 5 anos.
Michael Casey, a partir de comunicações dos históricos Michael Stephens (Tame The Web) e Sarah Houghton  (Librarian in Black Blog), lançou à discussão de como nas bibliotecas se poderia implementar a arquitectura própria da Web 2.0.
O repensar novos modelos de funcionamento e serviços das bibliotecas,  reflectir sobre o que as novas tecnologias 2.0 contribuem para o desenvolvimento da comunicação entre as bibliotecas e os utilizadores, e  a reflectir sobre a questão da confiança (o MC fala de radical!) de que os profissionais da biblioteca podem ser obrigados a agarrar com as contribuições e conteúdos que os utilizadores querem trazer para a biblioteca.
Ideia perturbadora? O que se alterou em nós, profissionais das bibliotecas, em relação à confiança radical nos utilizadores? As nossas bibliotecas beberam destas discussões e tecnologias?
Vivam as bibliotecas vivas 2.0?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Buzz


Ontem o  Google apresentou a sua nova arma contra os populares sites sociais que dominam o panorama na internet: o Google Buzz.
Não é segredo que o Google tem tentado entrar neste segmento há bastante tempo: a aquisição do Orkut foi um desses passos, mas que não atingiu o sucesso esperado a nível mundial (sendo no entanto ainda bastante utilizado no Brasil.)
Mas os tempos mudam, e a novas gerações procuram métodos mais rápidos e eficientes de partilhar informação.
O Google Wave foi outra das experiências tentada mais recentemente, mas que  rapidamente foi relegado para uma utilização por pequenos grupos ou em circunstâncias específicas.
Face aos serviços tipo Twitter e Facebook, o Google tenta agora a sua sorte com este Google Buzz. E desta vez tem um trunfo importante: o Google Buzz estará disponível na página do Gmail. Isso torna a sua utilização bastante mais atractiva, prática e imediata – factor essencial para uma adopção por parte dos utilizadores – e disponível a milhões de utilizadores dentro de poucos dias.
Permitindo a criação de diferentes grupos, públicos ou privados, este Buzz permite partilhar de forma simples e imediata qualquer tipo de informação que achemos interessante: textos, fotos, vídeos, etc.
Para os utilizadores de dispositivos móveis, adiciona funcionalidades de geo-localização que nos permitem ver “buzzs” dos locais de interesse. Poderemos ver o que outras pessoas disseram de uma certa loja ou restaurante.
A ideia, não sendo nova, parece vir de encontro às necessidades  “sociais” actuais – só o tempo dirá se  conseguirá cativar os utilizadores.

Carlos Martins

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Diário da Homenagem ao Henrique Barreto Nunes publicado no Facebook


20 Janeiro 2010

Diário 1: sabe bem pensar no Henrique Barreto Nunes. foi bom trabalhar com ele, duma bondade extrema. a minha paixão pela leitura pública foi ele que nas aulas me contagiou. sou bibliotecária por causa dele, entre muitas mais coisas. uma dádiva de vida. sabe bem homenagear alguém que vive muito. e que quer recomeçar de novo a ser.

21 Janeiro 2010


Diário 2: hoje lembro-me do telefone vermelho que o Henrique Barreto Nunes tinha em cima da secretária no Largo do Paço. no meu gabinete em frente ao dele ouvia-se tocar o telefone vermelho. usa sempre palavras mágicas nas conversas. nunca ninguém foi desatendido nas audições coloridas daquele telefone. hoje não tem telemóvel! talvez alguém lhe ofereça um daquela cor.

22 Janeiro 2010

Diário 3: fui com o Henrique BN de comboio para Lisboa, para participarmos na conferência internacional bibliotecas para a vida. narrou-me tantos projectos e sonhos que fiquei sem respiração. não precisamos de casas e bibliotecas para estarmos vivos. a vida é que precisa de homens assim para manter vivas as bibliotecas.

23 Janeiro 2010

Diário 4:  um dia, na Biblioteca Pública de Braga, logo pela manhã tinha um bombom em cima da secretária. todas as mulheres da biblioteca também tinham! era uma homenagem doce às mulheres que o HBN inventou. ficamos amolecidas até hoje. foi no 8 março de 1993. oxalá continue a “achocolatar” muitas bibliotecárias por aí !!!!

24 Janeiro 2010

Diário 5: a porta do seu gabinete abriu-se muitas vezes e uma presença real levou-me a fazer descobrimentos, a ler e a ler. Um dívida eterna tenho a alguém que, pelos consentimentos, pelas visões, pelas partilhas, me deixou perder na imensidão e nos segredos da Biblioteca Pública de Braga.

25 Janeiro 2010

Diário 6: os livros mais antigos que a Biblioteca Pública de Braga possui são os incunábulos. foi por causa deles que me cruzei com o Henrique Barreto Nunes. um dia descobri um incunábulo dentro de uma encadernação de um outro livro de outro século. só um amante de livros se pode comover com esta revelação. o amor pelos livros é comparável  a qualquer outro amor. comovemos-nos. deu lugar a festejos, nas ficções do meu pensamento, e ao HBN também.

26 Janeiro 2010

Diário 7: acabei de receber o texto do Henrique Barreto Nunes “Leve um livro para a cama”. Quem se lembra deste artigo que ele publicou no Correio do Minho? Amanhã publico no blogue da Homenagem. Esteve afixado no meu gabinete da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco muito anos. “Ler, às vezes, é quase tão bom como…”

27 Janeiro 2010

Diário 8: as políticas de leitura pública em Portugal. as orientações conceptuais e programáticas sobre as bibliotecas a criar. a rede nacional de leitura pública. a contaminação deste sonho a muitos bibliotecários seus alunos, colegas e amigos. o entusiasmo e o ânimo com que se passam as urgências. que mais é que herdamos e testemunhamos?

28 Janeiro 2010

Diário 9:  livros proibidos no regime fascista. O HBN fez-me apaixonar por este tema. muitas prateleiras e catálogos de bibliotecas vasculhei à procura dos livros da lista negra. fizemos uma exposição que circulou por várias bibliotecas. publicamos estudos e bibliografias. hoje, em nome da liberdade de expressão, HBN continua a lutar e a ensinar-nos os caminhos de uma distinta cidadania.

29 Janeiro 2010

Diário 10: as bibliotecas e a memória da vida local, a descoberta dos fundos locais das bibliotecas, a importância dos leitores na orientação da missão das bibliotecas. aprendemos muito com a sua intervenção cívica, com os seus textos, com as suas aulas. continuamos, com alma, a sua pro…vocação: “a biblioteca… um amor de toda a vida, um amor para toda a vida.”

30 Janeiro 2010
Diário 11: repetidamente disse ao longo da vida “quero o impossível!”

31 de Janeiro 2010

Diário 12: o HBN ofereceu-me as Rimas de Camões, a reprodução fac-similada da edição de 1598. foi no meu último dia de trabalho na Biblioteca Pública de Braga. escrevia nas Rimas que esperava, em breve, o meu regresso definitivo à biblioteca e que juntos poderíamos trabalhar na sua renovação, mantendo a identidade e a memória. que gosto me deu este suave pensamento de grandes esperanças, no decorrer dos anos que foram passando. a vida não nos cruzou mais na BPB. e sábio, Camões escrevia que “segundo o que o Céu me tem mostrado, já sei que deste meu buscar ventura, achado tenho já que não a tenho”. no mundo quis o tempo que se achasse o bem assim.

1 de Fevereiro 2010

Diário 13: de manhã chegava ao meu gabinete e falava das leituras que fizera à noite.  lia romances de amor, agora mais livros policiais. enunciava o clube dumas, e outros títulos. muitos autores, como Arturo Pérez-Reverte, Assis Pacheco, Manuel Vázquez Montálban, Garcia Lorca… um dia chegou completamente extasiado. ordenou-me que tinha que ler HOJE “o velho que lia romances de amor”. às vezes, regresso a esta casa distante e lembro-me das urgências das leituras partilhadas, do fascínio das palavras que podemos dividir com os outros. a vida pode ser percorrida com pessoas que nos elevam.

3 de Fevereiro 2010

Diário 14:  escreveu centenas de páginas, reabilitou poetas, defendeu causas, criou documentos que deram origem e fizeram viver a rede de leitura pública. combateu em muitas frentes, ensinou (como um mestre) muitos bibliotecários. no email de despedida dizia que “ainda tinha tanto que fazer…”. quando recebi esse email soube logo que agora é que há tanto para ele escrever, reabilitar, lutar, criar, fazer viver, combater, ensinar. temos muito ainda a esperar. ele vai continuar a homenagear-nos com o seu humilde triunfo sobre este mundo.

5 Fevereiro 2010


Diário 15: no final da mesa das comunicações sobre a web 2.0, durante o Congresso Bibliotecas para a Vida, em novembro passado, alguém na plateia pediu a palavra e disse: “com estes desafios para as bibliotecas e para os leitores, eu queria voltar a trabalhar e recomeçar de novo”.
há homens assim seduzidos para sempre pelas bibliotecas e pelos seus leitores. recomeçar de novo… estou grata pela sabedoria e pela vida que nos continua a dar hoje, amanhã e sempre.

PS
Fui com um prazer enorme que criei e editei o blogue da homenagem ao Henrique Barreto Nunes (almoço sábado). Uma honra. Dezenas de textos, estudos, intervenções públicas, manifestos. Muitos testemunhos e depoimentos chegaram para publicação sobre este homem feliz. É muito bom ser sua colega e amiga. Depois disto tudo s ó faltava que abrisse uma conta no Facebook. ;) Não me admira… Leve um livro para a cama é a sua especialidade !!! :D

Luísa Alvim