segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

um poema para 2008


Contemplo yo a mi vez la diferencia
entre el hombre y su sueño de más vida,
la solidez gremial de la injusticia,
la candidez azul de las palabras.

No hemos llegado lejos, pues con razón me dices

que no son suficientes las palabras

para hacernos más libres.

Te respondo
que todavía no sabemos
hasta cuándo o hasta dónde

puede llegar una palabra,
quién la recogerá ni de qué boca

con suficiente fe

para darle su forma verdadera.


José Ángel Valente, in "La memoria y los signos", 1965.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

jesus bleibet meine freunde




música : Jesus Alegria dos Homens (Jesus bleibet meine Freude) - transcrição para piano do Coral nº 10, da Cantata Herz und Mund und Tat und Leben, BWV 147, de J.S. Bach, escrita em 1716.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

redes sociais, aprender a participar

A fraca participação nas redes sociais de profissionais, em Portugal, é um facto incontornável. Os fóruns também são pouco visitados e dedicamos pouco tempo a discutir as questões que nos preocupam na profissão. Importante é perceber que podemos lucrar com a opinião dos outros, e ao partilhar as nossas dificuldades ganhamos soluções. Já para não falar da discussão pela discussão tão ao gosto dos polemistas portugueses. Participar é a palavra de ordem, todos ganhamos.

Bibliotecários 2.0 (criada pelo Júlio Anjos, 76 membros, português)

Librarians (criada pelo Fernando Vilarinho, 189 membros, inglês)

View my page on Librarians

Library 2.0 ( criada pelo Bill Drew, 2592 membros, inglês)


Vivam as bibliotecas vivas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

a rede e as suas utopias

Deep Web

Foi publicado ontem no E-LIS um interessante artigo da minha colega Maria Manuel Borges (da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), editora do blogue Sphere, intitulado "A Rede e as suas utopias".
Fala-nos da Internet e da WWW que nos permitem novas formas de criação e transferência de informação fornecendo meios poderosos que permitem que pessoas e organizações colaborem e partilhem a informação. Será que vamos ter mais acesso à informação?

"O que nós obtemos é uma visão que caminha desde formas elementares até à sua mais alta expressão, a noosfera, que tem existência no ciberespaço, aonde se estrutura pela WWW ou inteligência colectiva. De que se
trata aqui senão da virtualização da biblioteca física? A visão da intercomunicabilidade e interpenetração de espaços de informação significam a constituição do reino do virtual e novas capacidades de exploração e aprendizagem. Como diz Serge Raynal (2000), “A nossa visão do mundo está em plena alteração radical por uma visão múltipla, temporal, complexa e relacional”. As alterações no meio sócio-económico são definidas pela internacionalização, mundialização dos fenómenos, indivíduos melhor formados e informados, predominância da comunicação e supremacia das redes e estes factores induzem como consequência complexidade, incerteza e turbulência. Mas é no cerne destes fenómenos que se encontra a informação (ou a sua representação), a matéria-prima com que sempre trabalharam as bibliotecas e não pode (não deve) significar outra coisa que não seja a afirmação destas como componente ou pilar fundamental na construção do futuro, afirmando-se, no presente, enquanto garante da sua construção efectiva."
Vivam as bibliotecas vivas.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

os meus amigos

Jardim Casa de Camilo, Inverno 2006
foto LA

Amigos cento e dez, e talvez mais
Eu já contei! Vaidades que eu sentia!
Pensei que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.

Amigos cento e dez, tão serviçais,

Tão zelosos das leis da cortesia,
que eu já farto de os ver, me escapulia,

Ás suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoecia profundamente,
Ceguei. Dos cento e dez, houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.

-Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver...
-Que cento e nove impávidos marotos!

Camilo Castelo Branco

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

livros e casas

Na Argentina, desenvolvem o Programa Libros y Casas, que consiste em incentivar à leitura famílias que vivem nas casas de bairros sociais do Instituto Provincial de Desarrollo Habitacional. As casas trazem incorporadas uma mini biblioteca equipada com livros e uma estante para os acondicionar!
Trata-se de uma acção da política cultural deste país para democratizar o acesso aos livros e fomentar a leitura nos sectores economicamente mais desfavorecidos. A Secretaria da Cultura da Nação implementou em 800 localidades de todo o país o Programa Libros y Casas, entregou mais de 80.000 bibliotecas com 18 volumes cada (temas: constituição do país, História da Argentina (1810-2000), Contra a os crimes da ditadura, manuais sobre direitos legais, guias de alimentação, saúde, procura de emprego, uma enciclopédia, livros de literatura para adultos (clássicos, poesia e contos argentinos) e literatura para crianças.

(Convénio entre IPRODHA e a Secretaría de Obras Públicas del Ministerio de Planificación Federal, Inversión Pública y Servicios, subsecretaría de Desarrollo Urbano y Vivienda y la Secretaría de Cultura de la Nación – Argentina).

Fonte: Boletín informativo Electrónico del Centro de Estudos de Bibliotecologia de la Sociedad Argentina e Información
Vivam as bibliotecas vivas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

os filhos do esfolador


A peça de teatro “Os Filhos do Esfolador”, de valter hugo mãe, é encenada pelo actor Joaquim Nicolau, e interpretada pelos actores da companhia Jangada Teatro.
valter hugo mãe adaptou o “Cego de Landim”, das "Novelas do Minho" de Camilo Castelo Branco, ao teatro, transformando-a numa comédia com uma linguagem cénica leve e divertida.
Depois da estreia em Famalicão, a semana passada, a peça segue para Lousada, depois para Braga e outros teatros do país.

“Baseada na obra camiliana “O Cego de Landim”, a peça aborda a história de António José Pinto Monteiro ou como era conhecido do cego de Landim, filho primogénito de um barbeiro esfolador. Um ladrão e vigarista que faz fortuna no Brasil, aliado a um rapaz que lhe que serve de apoio depois de ele ter perdido a vista, e a um polícia corrupto. António José Pinto Monteiro faz-se à vida através da mais fina ladroagem. Falsário de grande qualidade, dotado de rara lábia, as suas artes cedo se notaram, distinguindo-o da humildade que caracterizava a sua família. Mandado para o Brasil aos 11 anos, por um beneditino que acreditava assim poder compor as suas naturais tendências para os actos criminosos, acaba por se tornar num activo malandro, imiscuído na política, na maçonaria e agindo mesmo contra o imperador. Por desgraça, tocaram-lhe as chicotadas de um militar imperialista que, no bulício do açoite, acabaram por cegá-lo.
Imerso nas mais profundas trevas, nem por isso se redime, muito pelo contrário, desenvolvendo uma trafulhice que tem tanto de competente quanto de caricato.
Regressado a Portugal, a Landim, de onde era natural, muito fausto lhe assistia, sobretudo à mesa, e fama disso e de grande esperteza e de muito mais. O Cego de Landim torna-se homem de grande história, e mais ainda quando cai em desgraça, vítima de oportunistas e ladrões que, como ele, nunca hesitariam uma boa abertura para enriquecer sem esforço. Virado o feitiço contra o feiticeiro, António José Pinto Monteiro morre praticamente na miséria.”

Vivam as bibliotecas vivas.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

biblioteca da casa de camilo

Casa de Camilo. Centro de Estudos. Biblioteca
Foto Inverno 2007 por L. Alvim
Vivam as bibliotecas vivas

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

prémio melhor museu do ano 2006

Inverno 2007/ L.Alvim


A Casa de Camilo foi hoje distinguida com o Prémio Melhor Museu do ano 2006 atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).
A Casa de Camilo-Museu. Centro de Estudos destaca-se não só pelo projecto museológico, mas também pelo seu trabalho como centro de informação e investigação sobre o escritor Camilo Castelo Branco (1825-1890).
Os Prémios APOM 2006 foram anunciados numa cerimónia no Museu de História Natural, em Lisboa, onde se prestou também homenagem ao professor jubilado António Galopim de Carvalho, como Melhor Personalidade na Área da Museologia.
Atribuídos desde 1996, os Prémios Prestígio da APOM, destinam-se a valorizar os diferentes aspectos da museologia e destacar o papel dos museus na sociedade e na cultura.

Prémio Melhor Museu do Ano
1º Prémio Casa de Camilo - Museu. Centro de Estudos
Menções honrosas
Museu do Caramulo; Laboratório Chimico da Universidade de Coimbra

Prémio Melhor Exposição
Museu Municipal de Vila Franca de Xira com a exposição dedicada ao Neo-Realismo

Prémio Melhor Serviço de Extensão Cultural
1º Prémio Museu do Papel de Terras de Santa Maria, Paços de Brandão
Menções honrosas
Museu da República ; Museu Regional de Beja
Prémio de Melhor Catálogo
1º Prémio Associação dos Arqueólogos Portugueses com o catálogo "Construindo a Memória - As Colecções do Museu Arqueológico do Carmo
Menção honrosa
Museu Quinta das Cruzes, no Funchal, com o catálogo “Um Olhar do Porto - Uma Colecção de Artes Decorativas"
Prémio de Melhor Trabalho sobre Museologia
1º Prémio
ex-aequo- A Revista "Museal", do Museu Municipal de Faro, e a tese de mestrado de Filipe Serra - "Gestão e Administração dos Museus Portugueses"

Melhor Personalidade na Área da Museologia
António Galopim de Carvalho

Fonte: Lusa

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

biblioteca digital mundial



A UNESCO e a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos juntaram-se para construir uma Biblioteca Digital Mundial na sequência da assinatura de uma acordo com Abdul Waheed Khan, Subdirector Geral da UNESCO pela Comunicação e Informação e o Bibliotecário do Congresso, James H. Billington, na sede da UNESCO em Paris, a 17 de Outubro de 2007.

Os objectivos que pretendem com este projecto é promover a compreensão internacional e intercultural, melhorar o conteúdo cultural na Internet e contribuir para a educação e a pesquisa universitária.
Esta biblioteca digital terá documentos de todo o tipo (fotografias, cartas, manuscritos, livros, filmes, etc) de todo o mundo. O software já foi testado e será disponibilizado na Internet gratuitamente, e nas línguas oficiais da UNESCO (francês, inglês, espanhol, russo, árabe, chinês e português).
Fonte : BAD, Portal da UNESCO
World Digital Library

Vivam as bibliotecas vivas.

Colômbia, o país das bibliotecas, e a COMFENALCO

Parque Biblioteca León de Greiff, inaugurada em Fevereiro de 2007
fotografia Sérgio Mangas /do blogue Biblioteca sem Fronteiras

Colômbia surpreendo-nos com o trabalho que efectua nas bibliotecas públicas e na promoção da leitura.
COMFENALCO é uma das 50 “Caixas de Compensação Familiar”, financiadas com o apoio de empresas colombianas, são entidades privadas de serviço social que trabalham em diferentes campos para melhorar a qualidade de vida dos colombianos e mantém 120 bibliotecas públicas distribuídas por todo o território nacional. O Departamento de Cultura e Bibliotecas de COMFENALCO Antioquia, ganhou o Prémio Guust van Wesemael Literacy Prize 2001 (IFLA-Federação Internacional de Associações de Bibliotecas), mantém desde 1979 uma rede de serviços que actua em três frentes à luz do manifesto da UNESCO: a Leitura, a Informação e a Cultura.

COMFENALCO Antioquia tem obtido diversos reconhecimentos pelo seu trabalho. Em 1995, a Fundação para o Fomento da Leitura na Colômbia, Fundalectura, premiou-a pelo melhor trabalho de promoção da leitura no país, recebendo a Certificação Qualidade ISO 9002, sendo o primeiro serviço bibliotecário do país a obter essa certificação. A rede é constituída por sete bibliotecas em diferentes sectores da Área Metropolitana de Medellín e nos municípios de Bello e Itaguí. A Biblioteca central encontra-se no coração de Medellín e presta 77 horas semanais de serviços, permanecendo aberta todos os dias do ano. Conta com uma “bibliotecafeteria” e biblioteca escolar que apoia as actividades de aprendizagem do Instituto de Educação, sendo lugar de encontro da comunidade educativa. Nos municípios de Itaguí e Bello as bibliotecas estão localizadas em urbanizações habitadas por famílias jovens de classe média onde COMFECALCO desenvolveu programas de habitação.
Nos bairros de Guayabal, um lugar eminentemente industrial, a biblioteca ocupa um lugar estratégico como ponto de encontro dos habitantes de bairros violentos e desenvolve um trabalho de recuperação. No bairro Castilla, a biblioteca está localizada em uma zona que, mesmo marcada pela violência, conta com um forte movimento cultural. Outra biblioteca esta localizada no bairro do Salado, zona marginal onde vivem parte dos habitantes mais pobres da cidade.

Rede de Bibliotecas - Red de Bibliotecas de Medellín.

Fonte: artigo Colômbia, o país das bibliotecas de Lucila Martínez, pdf
blogue Biblioteca sem fronteiras de Sérgio Mangas
Vivam as bibliotecas vivas.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

biblioteca sem fronteiras


Sérgio Mangas, bibliotecário da Biblioteca Municipal de Figueiró dos Vinhos, terminou um estágio na COMFENALCO - Medellín, Colômbia, que realizou de 26 de Outubro a 24 de Novembro. Aguardo, com curiosidade, mais notícias. Para já tivemos a oportunidade de conhecer a realidade da Rede de Bibliotecas de Medellín, e fiquei muito surpreendida pelo trabalho que se está a fazer na Colômbia. Obrigado Sérgio e continua-nos a trazer novas.

Relata toda a experiência, visitas, aulas, fotografia de bibliotecas, documentos no blogue Biblioteca sem Fronteiras.
Vivam as bibliotecas vivas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

construir a biblioteca 2.0




Esta apresentação de Dídac Margaix, apresentado na VI Workshop CALSI, texto completo nas actas, apresenta-nos as tecnologias e atitudes próprias da Web 2.0 aplicadas ao OPAC das bibliotecas. Dídac desenha uma proposta de um OPAC 2.0, em que as palavras-chave são: melhorar as "experiências" do utilizador, utilizar software livre, aproveitar a inteligência colectiva, assumir a participação do utilizador na construção do catálogo bibliográfico.

Blog de CALSI 2007 (VI Workshop pioneira no tratamento de E-contents: conteúdos e aspectos legais na Sociedade de Informação)
Fonte: blogue DosPuntoCero
Vivam as bibliotecas vivas!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

manifesto 2.0 de laura cohen



Nunca é demais rever o vídeo com o Manifesto 2.0 de Laura Cohen, agora em português traduzido pela nossa colega brasileira Maria José Jorente e seleccionado por Plácida Santos, a quem agradeço o envio do link.
Blogue de Laura Cohen - Library 2.0 An Academic´s Perspective.
Vivam as bibliotecas vivas.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

c/ form forx lendo, axim irás vendo !

foto Gaspar Matos

Uma lufada de ar fresco na biblioteca pública, esta ideia brilhante do nosso colega Gaspar Matos, do blogue adrian&pandora. A proposta que faz é que as bibliotecas públicas se aliem à força dos provérbio e toda ela seja traduzida nestes adágios populares, desde os espaços aos fundos documentais, e em cada um destes locais seja afixado um painel com o provérbio respectivo (escolhido especialmente para cada contexto). O texto aparece em português e em "texting".
Objectivos : captar atenção do público mais jovem da biblioteca, de uma zona urbana, para a literatura oral.

ver artigo completo E-LIS:
Matos, Gaspar (2007) "Assim como cada qual é, assim ensina" - provérbios em bibliotecas públicas para adolescentes e jovens adultos. In Proceedings 1º Colóquio Interdisciplinar sobre Provérbios, Tavira - Algarve - Portugal.
Vivam as bibliotecas vivas!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

biblioteca pública como provocação

30 Novembro, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim

Programa

09h00 Recepção dos participantes

09h30 Sessão de abertura

Luís Diamantino Carvalho Batista, Vereador da Cultura do Município da Póvoa de Varzim

Paula Morão, Directora da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas

Painel I

20 anos de mudança e inovação nas bibliotecas Públicas

09h45 Maria José MouraBibliotecas e Cidadania

10h15 Intervalo

10h45 Henrique Barreto NunesA Biblioteca como provocação

11h15 Luísa Dacosta - A importância da Hora do Conto nas bibliotecas

11h45 Debate moderado por José Carlos de Vasconcelos

12h30 in Memoriam a Manuel Lopes por Henrique Barreto Nunes

13h00 Almoço livre

Painel II

6 olhares sobre os desafios da leitura pública

15h00 Mesa redonda

José António Calixto

José Afonso Furtado

Francisco José Viegas

Teresa Calçada

Isabel Sousa

Manuela Barreto Nunes

16h00 Intervalo

16h30 Conclusões do painel

17h00 Paula MorãoRNBP Linhas de actuação da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas

17h30 Encerramento

É um convite a participarmos, a questionarmos e a reflectirmos o futuro. Biblioteca como PROVOCAÇÃO. São 20 anos de Leitura Pública. É com emoção que reflicto este tema, agora que me obrigam a afastar-me da minha maior paixão, mas não há machado que corte a raíz ao pensamento, e aí estarei provavelmente a comemorar e a traçar caminhos de futuro. Para provocar!
Vivam as bibliotecas vivas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

cebolas e alcachofra




Doris Lessing sai do táxi, com o seu filho, vindos do hospital, e das compras. Os jornalistas informam-na que recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Cebolas e uma alcachofra. Para quê um prémio? Já teve os seus na vida. Uma lição para todos.
Diário de Notícias
Vivam as bibliotecas vivas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

novo número electrónico da revista Documentación de las Ciencias de la Información


Novo número com artigos em texto completo (gratuito).
Fonte: Portal de Revistas Científicas Universidad Complutense Madrid : http://www.ucm.es/BUCM/revistasBUC/portal/

destaco o artigo:

"Recepción de la obra otletiana en España a través del análisis cualitativo de citas "
SALVADOR BRUNA, Javier

Resumo:
En este trabajo se presenta un análisis de cómo se ha difundido la teoría documental de Paul Otlet en España, desde sus primeros introductores a las últimas aportaciones en este campo. La metodología utilizada ha sido el análisis cualitativo de las citas recibidas por los autores españoles especializados en la obra otletiana, con objeto de determinar los investigadores más relevantes y sus obras señeras, así como trazar un mapa donde quede reflejada la forma en que dichas ideas se han transmitido a través de la cadena de conocimiento científico. Además, se realiza una serie de reflexiones sobre la metodología cualitativa, con objeto de señalar sus principales debilidades y fortalezas.
Palabras clave: Otlet, Análisis cualitativo de citas, Historia de la Documentación.

Vivam as bibliotecas vivas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

direito a saber


O direito de acesso à informação, como direito humano, reconhecido pelo Direito Internacional, ainda não é reconhecido em muitos países. Na União Europeia, os países Espanha, Grécia, Luxemburgo, Chipre e Malta, não possuem nenhuma lei de acesso à Informação. Mas todo o cidadão deverá poder aceder em igualdade de condições a todo o tipo de informações que se encontrem sob a posse das entidades públicas e privadas que realizem funções públicas.
Em Espanha, A Coalición Pro Acceso (constituída por várias entidades Amnistía Internacional, Asociación Pro Derechos Humanos de España (APDHE), Fundación Ciencias de la Documentación, Asociación de Archiveros Españoles en la Función Pública, Comisión de Libertades Informáticas, etc.) defensora e lutadora por este direito possui um blogue Promoviendo la ley de acesso a la información pública en Espana), onde enuncia os 9 princípios que deverão estar incluídos na futura lei.


Em Portugal - Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos CADA.
Hoje lembrei-me de falar de falar sobre este assunto, motivada pelo caso José Rodrigues dos Santos, acusado, pela Administração da RTP, de não ter dito a verdade sobre a influência do poder político na visão e composição das notícias difundidas pela televisão.
Os cidadãos têm direito a saber.
Fonte: Público
Vivam as bibliotecas vivas!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

bibliotecas sem fronteiras: navegar para uma compreensão total

o

World Library and Information Congress

74º IFLA General Conference and Council

Quebec, Canadá, 10-14 Agosto 2008

Call for papers - 30 Janeiro 2008 - resumo até 500 palavras, em inglês.
O congresso anual da IFLA é uma excelente oportunidade para conhecer outros profissionais, outras realidades e aprender muito.
Os temas das comunicações:
Vivam as bibliotecas vivas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

visualizar informação

Newsmap é uma aplicação que visualmente reflecte a paisagem do Google News (agregador de notícias). É um espaço de visualização em treemap (conceito que vale a pena explorar) que ajuda na exibição de muita informação recolhida pelo agregador. Podemos observar quais as notícias que mais peso tiveram, o tipo de notícias e comparar com outros países. O objectivo principal desta visualizações em treemap é simplesmente demonstrar visualmente as relações entre dados e os padrões que não observamos ao ler uma lista de notícias. Ao clicarmos no rectângulo iremos para as notícias agregadas.
A ferramenta de browsing treemap poderá ser aplicada a catálogos de bibliotecas ou em bases de dados de informações diversas.

concepção Marcos Weskamp
desenvolvimento de treemaps - University of Maryland
livro Readings in infomation visualization: using the vision to think
de Stuart K. Card, Jock D. Mackinlay, e Ben Shneiderman.
Vivam as bibliotecas vivas.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

sete mulheres


A editora 101 Noites lança a colecção de audio-livros (em CD ou em livro + CD ou em mp3 para download) que se chama Livros para Ouvir, cujos primeiros três títulos são "Um Jantar Muito Original", de Fernando Pessoa, lido por São José Lapa, "A Estranha Morte do Prof. Antena", de Mário de Sá-Carneiro, lido por João Perry, e "Sempre Amigos", de Fialho de Almeida, por Eunice Muñoz. Os outros três são "Sete Mulheres", de Camilo Castelo Branco, na voz de Nuno Lopes, "Mulher de Perdição", de Florbela Espanca, na de Alexandra Lencastre, e "Civilização", de Eça de Queirós, por José Wallenstein.
A 101 Noites resolveu lançar esta colecção, porque as boas histórias ficam no ouvido e adicionou-lhes a música de Alexandre Cortez (Rádio Macau e Wordsong).
A editora 101 Noites disponibiliza textos, de grande escritores, dos quais tem copyright das traduções, e podem ser encontrados na sua biblioteca digital.
Vivam as bibliotecas vivas.

domingo, 4 de novembro de 2007

a terra vista pelos livros


Um fanático do Google, Matthew Gray, criou um mapa do mundo construído segundo a frequência de aparição dos nomes das cidades nos livros, através da ajuda do Google Book Search. Quanto mais citações uma cidade tiver nos livros catalogados maior é a representação gráfica, mais pixels aparecem na imagem.
No sítio web indicado, ele refere como fez o mapa, programas e outros pormenores. Também existe uma sequência de mapas sobre a evolução das menções de nomes das cidades em livros, durante o séc. XIX.

Fonte : Earth viewed from books
Vivam as bibliotecas vivas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

the hollywood librarian



The Hollywood librarian é um filme documentário que apresenta o trabalho e a vida de bibliotecários norte americanos. Contém dezenas de exemplos de bibliotecários e de bibliotecas, aspectos positivos e negativos da profissão, bibliotecários competentes, engenhosos, inteligentes e profissionais. No filme, estão entrelaçadas entrevistas a bibliotecários reais juntamente com uma história ficcionada. Os temas abordados estão na actualidade, como o da censura nas bibliotecas, a questão da liberdade intelectual, relação crianças - bibliotecários, e a importância da leitura para o desenvolvimento do cidadão. Visitam-se programas de alfabetização nas bibliotecas prisionais, bibliotecas escolares, bibliotecas de cidades pequenas e grandes bibliotecas, bibliotecas em crise e outras muito financiadas.
Todos os profissionais lá estão, revelando a diversidade das personalidades, conhecimentos e a importância do que eles fazem. Aparecem os bibliotecários mais velhos que testemunharam a explosão da tecnologia e os bibliotecários mais jovens que nasceram na idade da informação. O filme viaja por sistemas de bibliotecas com uma equipa grande de trabalho e viaja por bibliotecas com um bibliotecário que trabalha só.
Uma imagem popular que cria empatia por estes profissionais que são um imperativo cultural no século XXI.
O valor do filme, independente de ser uma americanada, é falar dos profissionais e levar muito gente a constatar a sua existência positiva. O filme está a ser exibido nos E.U.A.
Vivam as bibliotecas vivas!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

casa do infante II

fotografia lifecooler

No post anterior, refiro-me à certificação da qualidade dos serviços do Arquivo Histórico do Porto - Casa do Infante. Deverá ser acrescentado que a certificação já foi atribuída em Julho 2006. O seu a seu dono.
Vivam as bibliotecas e arquivos vivos.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

casa do infante


Para além de ter estado presente no seminário "Disponibilizar informação na Web", no Centro Português de Fotografia, estive, e isso foi o mais importante, na Casa do Infante - Arquivo Histórico Municipal do Porto, a convite da Rosário Guimarães, bibliotecária, actualmente com alma de arquivista. Revi colegas, assim como o Dr. Manuel Real, e conheci os novos espaços (inaugurados 2001), projectados pelo arquitecto Nuno Tasso de Sousa.
O arquivo ficou um luxo, desde os espaços, ao mobiliário à reconstrução dos edifícios, da responsabilidade do arquitecto. Os fundos já sabemos que são uma pérola. Igualmente fiquei impressionada com os serviços que prestam. Implementaram, recentemente, um sistema de gestão da qualidade, e possuem, ou estou mesmo a obter, a certificação da qualidade dos serviços. Este esforço revela um percurso pró-activo de toda a equipa que lá trabalha, assim como uma reflexão estratégica dos serviços de direcção. Parabéns pela evolução.
Trabalhei na Casa do Infante, em 1994, na indexação por assuntos do fundo de fotografia do Emilio Biel. Todas as manhãs partia de Braga (6h30) rumo à Ribeira, no Porto. Foi um ano pleno de graças. Estou muito agradecida à forma como fui acolhida e tratada neste serviço. Sempre me senti uma princesa, nesta casa do Infante, e escutada, mesmo por aqueles que sabiam mais do que eu - iniciante na profissão. Comovi-me hoje a revisitá-la.
Vivam as bibliotecas vivas e os arquivos vivos!


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

o valter hugo mãe por inteiro

fotografia por Pedro Guimarães

uma vez, o valter hugo mãe pediu-me que escrevesse a sua autobiografia. assim.
no meu corpo escrevi a sua vida. aqui está, para lerem:

do útero, nasci em saurimo, ex-henrique de carvalho em angola, e deram-me o nome de valter hugo. O resto da minha alegria da infância passei-a em paços de ferreira e vila do conde. o dia 25 de abril 74, em lisboa. quando me tornei mãe, em tom silencioso corpo de fuga, fiz-me em palavras e nasci poeta. interessa-me as energias filiais, a cobrição das filhas, e todos os temas materno criadores. criei a editora objecto cardíaco, na sequência deste amor pelo corpo e pelo o que o mantém vivo. oiço o requiem de mozart para eleger o coração, a vida e a liberdade sem limites, na edição do gardiner. interesso-me por alguns livros e escritores que trabalhem nesta maré, como colher na boca de herberto hélder, alucinações de um drogado de williams burroughs, este é o meu corpo de filipa melo, baudelaire, verlaine, kafka, gonçalo m. tavares, cláudia galhós. três minutos, desta maré, não são suficientes para dizer todos os nomes pelos quais me dedico a ler. estou escondido, na cor amarga do fim da tarde, a escrever. é sempre o livro das maldições, que me torna a personagem no homem mais triste do “nosso reino”. já fui editor nas quasi, que larguei por razões pop, insuficiências várias, como o último disco que comprei. nascerá mais um objecto, não cardíaco, mas visceral concerteza, amanhã. sem remorso.

sábado, 27 de outubro de 2007

valter hugo mãe


fotografia por Nelson d´Aires


a ti, que o remorso de baltazar serapião escreveste, parabéns pelo saramago. mereces.
pelo dom da escrita e pelo dom de fazeres os outros acreditarem. possuis.

editora QuidNovi
Prémio José Saramago 2007
blogue casadeosso de valter hugo mãe

texto da contracapa do livro: o remorso de baltazar serapião. Quidnovi, Matosinhos / Lisboa, 2006

"Numa Idade Média brutal e miserável, Baltazar casa com a mulher dos seus sonhos e, tal como o pai fizera antes com a mãe e com a vaca Sarga, fêmeas irmanadas em condição e estatuto familiar, leva muito a sério a administração da sua educação. Mas o senhor feudal, pondo os olhos sobre a jovem esposa, não desiste de exercer sobre ela os seus direitos. Entregue aos desmandos do poder e do destino, Baltazar será forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e do remorso.
Com um notável trabalho de linguagem que recria poeticamente a língua arcaica e rude do povo, o remorso de baltazar serapião, de valter hugo mãe — autor, entre outros, de o nosso reino, seleccionado pelo Diário de Notícias como um dos melhores romances portugueses de 2004 — é uma tenebrosa metáfora da violência doméstica e do poder sinistro do amor."

vivam as bibliotecas vivas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

resultados da avaliação do plano nacional de leitura

Isabelle Arsenault


"Tudo o que nos alegre, poema ou tolice, é um raio da misericórdia divina"

Camilo Castelo Branco

In "Cancioneiro Alegre"

Durante a I Conferência Plano Nacional de Leitura, esta semana, foi apresentado o estudo do Observatório das Actividades Culturais sobre o estado da Leitura no país.Os números não nos admiram. Não precisamos de ficar admirados com os totais positivos e com os números que têm de ser corrigidos. Já sabíamos. Algumas das afirmações, tais como que "a esmagadora maioria dos portugueses, 6,2 milhões de habitantes, não vai a bibliotecas, e a justificação está no facto dos próprios leitores admitirem que não gostam de ir a bibliotecas (47,2 %), não precisam ou não têm tempo (15%)," dão que pensar sobre o disponibilizamos nas bibliotecas públicas, escolares e universitárias: qualidade de serviços, de recursos humanos, documentos, edifícios, etc. É necessário focar o olhar sobre as actividades que desenvolvemos e sobre o que produzimos, sendo assim, os profissionais da informação terão que alterar hábitos de trabalho, "atender clientes, mobilizar pessoas" e sobretudo convencer os políticos a LER+
Vivam as bibliotecas vivas!

Fonte Diário Digital

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

+ de 70.000 livros descarregados, diz hugo pardo





"Han pasado 30 días (13 Outubro 07) del lanzamiento del libro
Planeta Web 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food y los ejemplares descargados en la web oficial se acercan rápidamente a los 70.000, lo cual -como imaginarán- compensa totalmente el esfuerzo realizado. Repito una idea expresada en el blog del libro. No somos ingenuos de creer que es lo mismo 70.000 libros bajados en un clic y en forma gratuita, que 70.000 libros comprados en una librería a 10 euros la unidad. La diferencia es abismal. Pero aún siguen siendo unas cifras muy importantes en un libro de estas características. Así que estamos convencidos que hemos tomado la decisión acertada, en pos de dos variables principales: ofrecer el libro apenas finalizado (lo terminamos en agosto, lo subimos on-line en septiembre) y ganar reputación con un trabajo que nos ha costado mucho esfuerzo realizar y en una temática en que tanto Cristóbal como yo, venimos trabajando hace años. Resignamos la posibilidad de ganar un poco de dinero a cambio de obtener mayor tiempo de atención y reconocimiento de nuestros pares, que se convertirán en nuevas oportunidades en el futuro.
Pero nuestra propuesta "no-comercial" no es muy original. Lo viene haciendo mucha gente -aún quienes menos necesitan difusión- como menciono en el post anterior. Tan fuerte es la tendencia a ofrecer contenidos gratuitos para ganar en capacidad de atención y reconocimiento que hasta los cerrados journals empiezan a trabajar bajo esta lógica. Un buen ejemplo es el Information Technologies and International Development del MIT. Aunque existen algunos más.
Por otra parte, vale destacar que en la difusión y viralidad de nuestro trabajo se han reforzado varios aspectos mencionados en el libro. Sin una blogosfera tan activa, la viralidad del libro y los casi 70.000 ejemplares descargados en 30 días hubieran sido imposibles. Un fuerte aparato comercial podría obtener los mismos resultados, pero no es el caso. Por otra parte, se nota baja calidad y escasa dedicación en los posts que hablan del libro, dedicándose más a copiar y pegar lo que se dice desde nuestra web, que a escribir una crónica personal que aporte valor añadido al lector. Si fuéramos ingenuos, podríamos pensar que sólo es un mes y que ya vendrán los posts analizando su lectura, pero estoy convencido que eso no sucederá. Puede que haya alguna excepción, pero la tendencia de este tipo de viralidades indica que las referencias al libro lentamente desaparecerán de la blogosfera y sus descargas se estabilizarán en forma decreciente."

Hugo Pardo
Blogue digitalismo.com

Parabéns! A lógica do consumo da informação está a mudar!
Vivam as bibliotecas vivas que terão que se manter vivas com estes desafios!