quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
natal
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
fanny owen
Agustina Bessa Luís relata magistralmente estes trágicos amores no seu romance Fanny Owen.
Refira-se, também, que Francisca, o filme de Manoel de Oliveira, resulta de uma encomenda de diálogos a Agustina, da qual acabou por resultar este romance. O filme foi filmado na Quinta de Soeime, em Vilar do Paraíso.
A quinta pertenceu à Tia Geninha (Efigénia Russel de Sousa casada com Carlos Dias de Almeida, tio avô da minha cara metade), onde, algumas vezes, percorri salas e jardins, onde se filmou Francisca.
Relembro, pelos meus 18 anos, ter visto este filme e nunca esquecer a famosa cena em que José Augusto entra, a cavalo, pelo quarto de Camilo onde têm um diálogo exemplar sobre o Amor e a fatalidade da morte.
"O que faz com que amemos alguém?", pergunta José Augusto, no momento em que já não há nada mais a fazer. O que fazer, então? "Gerar um anjo na plenitude do martírio", o que, no universo do filme e no universo de Oliveira e seus amores frustrados, significa construir um amor eterno no meio de toda a adversidade do mundo.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
paixões proibidas I
O projecto conta com a participação de nove actores portugueses em permanência. Uma lista encabeçada por Virgílio Castelo, Natália Luiza, Ana Bustorff, Henrique Viana, São José Correia, Pedro Lamares, Carlos Vieira, Nuno Pardal e Leonor Seixas. Do elenco brasileiro saltam à vista nomes como os de Flávio Galvão, Filipe Camargo, Suzy Rego, entre muitos.
Fazem parte da banda sonora, da novela, uma reunião de excelentes nomes como o de Chico Buarque, Mariza, Ivan Lins, Teresa Salgueiro, Caetano Veloso e Pedro Abrunhosa.
site oficial "Paixões Proibidas"
Wikipédia - Paixões Proibidas
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
mozart em seide
(British Library London)
A obra musical completa de Wolfgang Amadeus Mozart está disponível na Digital Mozart Edition.
(podemos pesquisar pelas 600 obras ou pesquisar pelas 10 classes em que a obra está dividida).
Não podia deixar de referenciar, pois sou uma apaixonada por Mozart. Toco algumas sonatas para piano e gosto de ler as restantes, ouvindo ao mesmo tempo as melhores interpretações. Chegou a ser um sonho de férias pôr as sonatas todas nos dedos.
Se Mozart tivesse sido contemporâneo de Camilo, concerteza que teria usado como libreto alguma novela para alguma ópera. As vidas deles não se cruzaram. Cruzo-me eu, aqui em Seide, a escutar a magnífica eterna música de Mozart.
Vivam as bibliotecas vivas.
camilo broca
Mário Cláudio, numa entrevista para o Portal da Literatura, sobre as personagens deste livro, afirma : "De facto, vivos ou mortos, reais ou imaginários, os interventores em qualquer história são sempre, e exclusivamente, os que existem dentro de nós."
entrevista a Mário Cláudio a propósito do seu livro "Camilo Broca"
sobre Mário Cláudio
Vivam as bibliotecas vivas.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
bibliorandum
Parabéns por este esforço de disponibilizar informação.
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
maria moisés
"Maria Moisés", escrita em S. Miguel de Seide, em Novembro de 1876.
Assim começa a novela : "O pequeno pegureiro contou as cabras à porta do curral; e, dando pela falta de uma, desatou a chorar com a maior boca e bulha que podia fazer. Era noite fechada. Tinha medo de voltar ao monte...".
Seguem-de as peripécias que levam ao suicídio da Josefa, e ao abandono da sua filha recém-nascida, no rio. Será esta a Maria Moisés, que faz justiça ao sobrenome bíblico, indicativo da circunstância em que foi encontrada, num berço sobre o rio.
As Novelas do Minho podem ser lidas, em papel, em muitas edições. Na Camiliana, da Casa de Camilo, aconselhamos estas :
- edição crítica organizada, com base nos manuscritos e na primeira edição por Helena Mira Mateus (Lisboa : Centro de Estudos Filológicos, 1961)
- selecção e notas de Alexandre Cabral (Lisboa : Círculo de Leitores, 1982)
- prefácio e fixação do texto por J. Cândido Martins (Porto : Edições Caixotim, 2006), sob a direcção de Aníbal Pinto de Castro.
Em formato digital :
"Maria Moisés" - na Revista Ficções - Biblioteca online do Conto
"Maria Moisés" - na Biblioteca Digital da Porto Editora- obra integral pdf
Vivam as bibliotecas vivas.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
onde está a felicidade?
Este romance, publicado, em primeiro lugar no periódico A Verdade, em 1856, é um romance de costumes em que várias personagens procuram, cada uma à sua maneira, a felicidade, no dinheiro, outras no amor. E eis que, fabulosamente, Camilo tece uma intriga simbólica.
No Prólogo, um retrato de um usurário João Antunes da Mota, que antes de morrer, no célebre desastre das barcas, na Ribeira do Porto, no Rio Douro (ao fugir dos invasores franceses), enterra no chão de sua casa, na Rua dos Arménios, toda a sua fortuna, cento e cinquenta contos de réis. Facto importante, porque depois no romance, este acontecimento irá ser o desfecho à pergunta - Onde está a felicidade? Mas desenganem-se os incautos porque a resposta não é linear. Daí o fascínio desta obra, que vivamente recomendo.
Esta obra pode ser lida em várias edições e em CD-Rom, editado pelo Projecto Vercial.
Vivam as bibliotecas vivas.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
o comendador em mp3
Hoje podemos ouvir esta novela em mp3, descarregando-a do Boal - Biblioteca On-line Áudio de Literatura que é um excelente projecto de António Fidalgo e Rita Duarte da Universidade da Beira Interior, Covilhã.
"O Comendador" de Camilo Castelo Branco
(lida pelo actor Pedro Fonseca)
Vivam as bibliotecas vivas.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
a última vitória de um conquistador
Faz análise deste conto de Camilo, que é uma história de amor e traição entre duas personagens.
Defende que Camilo, com este texto, não precisava de o escrever só por questões económicas, mas escreveu-o para para jogar um jogo com o leitor e escapar à depressão.
Toda a sua escrita foi a salvação do suicídio, até ao dia em que cegou.
Fonte: A Mulher na Vida e Obra de Camilo : actas / org. Câmara Municipal de V.N. Famalicão, Centro de Estudos Camilianos.
Vivam as bibliotecas vivas.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
bibliotecária em Ílhavo
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
Blogues
Agradeço aos colegas o quanto tenho aprendido com eles : Adalberto Barreto, Júlio Anjos, Maria Clara Assunção, Paulo Jorge Sousa e Pedro Príncipe, que participarão neste painel, e a muitos outros que também animam a blogosfera.
Vivam os blogues vivos.
Programa provisório Congresso BAD
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
nas farmácias espanholas
Vivam as bibliotecas vivas.
meditar sobre a esperança
Rosiska Darcy de Oliveira,
In A Dama e o Unicórnio, 2000
terça-feira, 28 de novembro de 2006
ler amar
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Entre nós e as palavras, os emparedados
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas, que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis à boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar."
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
tomei o pequeno livro e comi-o
Livro do Apocalipse 10, 8-11
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
o universo de Camilo
Posso dar-me ao luxo de estar à janela do seu quarto. O que vejo? Não vejo com os olhos dos últimos tempos de Camilo. Ele estava cego. A sua vida é a sua obra, num entrelaçar intenso que espero absorver.
O que vejo? Oferece-me uma contemplação panorâmica de uma Vida e de muitas vidas, daqui da minha janela bem em frente à Casa de Seide.
Estou aqui para transformar uma biblioteca.
Vivam as bibliotecas vivas.
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
book cell
A instalação é um recinto hexagonal com uma passagem definida por espelhos que asseguram a vertigem da queda, a desmultiplicação ad infinitum, o pânico da desorientação espacial próprios de um infinito virtual.
Uma sensação de desorientação.
Hoje é assim mesmo que me sinto, dentro desta instalação.
Vivam as bibliotecas vivas.
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
a biblioteca de D. Manuel II
Toda a sua biblioteca foi testamentada à Fundação Casa de Bragança, em Vila Viçosa. Continua a ter tratamento real e sempre que posssível aumentada com exemplares da tipografia quatrocentista e quinhentista.
Hoje fazem 117 anos que D. Manuel II nasceu. Parabéns a este amante dos livros.
Vivam as bibliotecas vivas.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
no cenáculo, em Évora
As III Conferências do Cenáculo em Évora, no dia 14 e 15 de Novembro, são mais um esforço de dar a conhecer o nosso património cultural bibliográfico.
Vivam as bibliotecas vivas.
Programa das III Conferências do Cenáculo
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
as asas do desejo
Vivam as bibliotecas vivas.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
sem Deus, sang diû
Este livro, que terminei de ler já alguns dias, é uma fábula sobre a solidariedade, o saber dar atenção, o "dar o tempo todo" a alguém, em silêncio e com pequenos gestos. É uma fábula sobre a humanidade.
O livro é do francês Philippe Claudel.
helena laranjeiro
Vivam as bibliotecárias.
um pouco do meu tempo todo
No pátio apontou com carinho os canteiros e os muros atapetados com centenas de conchas pela mão paciente do marido e destacou o nicho com a imagem da Senhora de Fátima que mantinha acesa a fé com que ele o havia construído.
Lamentou o gato de barro com as pernas partidas à entrada da cozinha e ergueu a tampa do tacho que sobre o fogão lhe guardava a comida.
Mostrou-me a copa com uma pequena mesa onde seria posto um único prato e levou-me, orgulhosa, à sala de jantar enfeitada com as rendas do seu crochetar.
Na salinha o televisor conversava com o canário e no quarto que fora do casal havia recordações por todo o lado: a ausência das bonecas cuja lembrança não quis guardar e a presença dos peluches que ainda sentia gosto em conservar. Mas mais que tudo a sua fotografia quando rapariga e a do marido antes da partida.
Chamava-se Francisca, tinha 85 anos e, desde que ficara só da noite para o dia, ia gerindo a saudade e a solidão como sabia. A lida da casa era toda sua, com pequenas costuras pelo meio, tudo ao som bem alto do televisor que lhe dava a ilusão de um companheiro. As tardes, essas, eram para o sol da Avenida onde achava casuais conversas e assegurava às pombas a comida.
Perdera a esperança do calor de um gato, ficando-se pela companhia de um canário, mas do fundo do peito saía-lhe ainda o gemido de um cântico que nunca esquecera e falava do amor por ela guardado para os filhos que nunca tivera.
Quando me reconduziu à porta, trazia sorrisos a passear nos caminhos do rosto e as suas mãos, apertando as minhas, faziam-se demorar, como se receasse quebrar os nós do frágil laço acabado de atar.
A ela não disse nada, não fosse desiludi-la com o meu falhar, mas a mim mesma prometi que iria voltar.
Helena Laranjeiro
Braga, 8 de Maio de 2006
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
gregor samsa
O valter hugo mãe, meu poeta e amigo, expõe na Galaria Símbolo (Rua Miguel Bombarda, Porto) o rosto naive e nítido de Gregor Samsa. A personagem fantástica da Metamorfose, do Kafka. Está tudo dito. A palavra também padece de metamorfose e a imagem é a palavra.
www.galeriasimbolo.com
a flor da alegria
"O dragão, indeciso, coçou com as suas fortes garras a cabeça coberta de escamas e, mais brando, disse:
- É bonito isso da Amizade! Olha, poderás subir ao pico mais alto das Montanhas para colheres a Flor da Alegria, mas terás de vencer três provas muito difíceis para mostrares que és mesmo amigo da Rosalinda. É que a Amizade não é coisa fácil, sabes?"
in A Flor da Alegria de Manuela Monteiro, Campo das Letras, 2006
terça-feira, 17 de outubro de 2006
vida no trabalho
Ai, a vida!
Quanto mais me magoa, mais a canto.
Mais exalto este espanto
De viver.
Este absurdo humano,
Quotidiano,
Dum poeta cansado
De sofrer,
E a fazer versos como um namorado,
Sem a namorada que lhos queira ler.
Cego de luz, e sempre a olhar o sol
Num aturdido
Deslumbramento.
Cada breve momento
Recebido
Como um dom concedido
Que se não merece.
Ai, a vida! Como dói ser vivida,
E como a própria dor a quer e agradece.
Miguel Torga
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
a cidadela branca e os jardins da memória
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
revelações
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
estrelas propícias
Estrelas benéficas que orientam o nosso mundo. Não é de metafísica que estou a falar, mas do livro de Camilo Castelo Branco "Estrelas propícias", hoje oferecido a uma personagem estreante nas novelas camilianas. A bem de todos, espero que tenha um desfecho feliz como a verdadeira novela.
Viva a biblioteca viva.
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
as portas do castelo da felicidade abrem para fora
O que se ganha quando a vida nos deita a perder?
que os nossos medos são as nossas coragens.
que as nossas tristezas são a maior fonte de alegria.
Tenho a experiência de cair e tropeçar e tenho sempre a graça, que me é oferecida, de não desistir, e de cultivar o firme propósito de ser apenas pessimista sobre o pessimismo.
As portas do castelo da felicidade abrem para fora (S.Francisco de Sales).
e vivam as bibliotecas. Voltei.
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
esperança
Em vez de nos deixar-mos cair no vazio do desânimo, aceitamos que alguém nos ofereça um novo vigor...
Cabe a cada um abrir a sua porta.
"Venho de dentro, abriu-se a porta :
nem todas as horas do dia e da noite
a poente e pelo meio as ilhas."
Luiza Neto Jorge
terça-feira, 15 de agosto de 2006
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
paz no mundo
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
arte de navegar
quinta-feira, 27 de julho de 2006
deixa-me dar-te o verão
O verão é feito de coisas
que não precisam de nome
um passeio de automóvel pela costa
o tempo incalculável de uma presença
o sofrimento que nos faz contar
um por um todos os peixes do tanque
e abandoná-los depressa
às suas voltas escuras.
José Tolentino Mendonça
In De igual para igual
sábado, 22 de julho de 2006
vodka e livros
Hoje, conversamos sobre o romance "Psicopata Americano" de Bret Easton Ellis. Uma história que mata muito bem e muito bem escrita, sobre uma América de extremos e excessos.
Despedimo-nos com vodka (directamente da Ucrânia) e bolo.
Analisamos as subtilezas...
quarta-feira, 19 de julho de 2006
relâmpago
segunda-feira, 17 de julho de 2006
temor e tremor
Significados para estas palavras :
1. Foi o último livro comentado e lido pela Comunidade de Leitores, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Livro, da autora Amélie Nothomb, a quem foi atribuído o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa, em 1999. Fez sensação em todo o mundo. É uma história verdadeira. Conheço-a e presencio-a todos os dias. Amélie viveu-a no Japão, na empresa Yumimoto Corporation. Pode ocorrer em qualquer instituição pública portuguesa. A hierarquia representa tudo. Quem se cinge ao seu lugar, sobrevive, quem tenta quebrar barreiras, será arrasado. Os perversos processos de humilhação acontecem em qualquer lugar.
2. É também o título da obra filosófica de Sören Kierkegaard, que foi publicada em 1843. A perspectiva trabalhada em “Temor e Tremor” é de cunho religioso e, na dialética existencial de Sören Kierkegaard apresenta o homem ético representado pela figura bíblica de Abraão, que aos 70 anos, vê cumprir-se a promessa de Deus : "terás grande descendência". Torna-se pai na velhice. Quando recebe de Deus a orientação de que deve sacrificar o seu filho, Abraão crê e crumpre a ordem divina. Dá o salto da fé.
Kierkegaard reflecte sobre o homem que se entrega ao incompreensível, ao inimaginável, só possível pela fé. Considera o paradoxo da fé frente às questões éticas. Na fé, o indivíduo coloca-se acima do geral (o ético). O herói (ético) move-se pelos resultados e pela moral. O homem da fé move-se pela paixão.
3. Carta de S. Paulo aos Filipenses 2, 12 : “trabalhai a vossa salvação com temor e tremor”
domingo, 16 de julho de 2006
sexta-feira, 14 de julho de 2006
S. Petersburgo
quarta-feira, 12 de julho de 2006
biblioterapia
- Leitores vou ser rápida. Com 20 tratamentos a 50 minutos cada, mais o tempo que disponha para ler habitualmente...
*Paul Auster galardoado com prémio Príncipe das Astúrias de Letras 2006
sexta-feira, 7 de julho de 2006
azul a sonhar
quarta-feira, 5 de julho de 2006
pelo sonho é que vamos
A imagem da biblioteca que agora vemos foi o início do sonho. Hoje esta biblioteca bate records de utilização, está repleta de jovens, de livros, de computadores. Está viva.
Para que quem lá trabalhe se sinta vivo, tem o dito poema afixado rente ao olhar.
Para a Inês, companheira de viagem, desejo que o sonho reencaminhe a partida enquanto vamos e somos.
O Sonho
Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
-Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
In : Pelo Sonho é que Vamos
terça-feira, 4 de julho de 2006
mulher em branco
sábado, 1 de julho de 2006
ler. saber. fazer.
"Numa sociedade baseada no conhecimento é fundamental dominar e desenvolver em simultâneo competências de literacia e multi-literacias, a partir de um trabalho de estreita colaboração entre professores, equipas de projectos e comunidade educativa. É neste contexto que o papel da Biblioteca Escolar se revela decisiva e de definitiva importância."
ser homem
sexta-feira, 30 de junho de 2006
ler mais nas férias
quinta-feira, 29 de junho de 2006
quarta-feira, 28 de junho de 2006
terça-feira, 27 de junho de 2006
resistir é vencer !
segunda-feira, 26 de junho de 2006
é à janela dos filhos que as mulheres respiram
"As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,
As mulheres – ainda que as casas apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que as abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos – no pescoço das mães – ainda que as árvores irradiem
Cheias de rebentos.
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração."
Daniel Faria
In : Poesia
quinta-feira, 22 de junho de 2006
no México, o futebol numa biblioteca
Li, num blog sul-americano, que numa biblioteca, os trabalhadores tiveram autorização dos seus superiores para ir vendo o jogo enquanto trabalhavam, mas ao mesmo tempo, um superior dos superiores fiscalizava os trabalhadores para que ninguém visse o jogo, no local de trabalho!
Só mesmo no Terceiro Mundo é que isto acontece ! E o mais engraçado é que para branquear o acontecimento, o superior - inferior acusa o bibliotecário de não ter entendido bem as ordens quanto ao “ir vendo o futebol na hora de trabalho” !
Ainda bem que sou uma bibliotecária que detesto futebol e não vivo no Terceiro Mundo!
quarta-feira, 21 de junho de 2006
o comandante
É o meu muito querido Comandante Bento Leite, reformado das embarcações e das viagens à volta do mundo. Utiliza a biblioteca com muita frequência e procura sempre a bibliotecária para o ajudar nas suas difíceis pesquisas bibliográficas. É um prazer e um desafio ajudá-lo. Cruzamos os nossos caminhos há muito tempo. Já lhe procurei livros e relatórios por todas as bibliotecas portuguesas, sobre os assuntos que lhe interessam e que precisa para escrever. Apaixonei-me pela pesca, pelas embarcações, pela história dos barcos, pela pesca do bacalhau, pelos portos. Já lhe ouvi as histórias mais belas passadas no mar alto, as histórias exóticas por todos os sítios onde viveu.
De todas as vezes que o vejo, peço-lhe para as escrever. Já realizamos uma gigantesca exposição, na biblioteca municipal, com parte do seu espólio bibliográfico sobre as embarcações portuguesas, juntamente com réplicas-miniatura dessas embarcações.
A sua vida é contada pelos dias que passou no mar e pelos dias que passou em terra com a sua mulher, já falecida.
O tempo começa numa terça-feira, dia em que a sua amada mulher morreu, há já doze anos. Hoje é sempre doze anos, 4 meses e 20 dias passados sem a sua eterna mulher.
Um homem do mar, sem o amor da sua mulher, vem às vezes à biblioteca. Quando deixa de vir, sou eu que conto os dias, com o coração apertado.
Vivam as bibliotecas vivas.
sexta-feira, 9 de junho de 2006
a casa de papel
quinta-feira, 8 de junho de 2006
uma nova palavra
terça-feira, 6 de junho de 2006
plano nacional de leitura
sábado, 3 de junho de 2006
14 portas se abrem
quinta-feira, 1 de junho de 2006
para todos os que trabalham comigo
não navega cavalga
Seu mar é a floresta
que lhe serve de nível
Ao crepúsculo espelha
sol e lua nos flancos
Por isso o tempo gosta
de deitar-se com ele
Os armadores não amam
a sua rota clara
(Vista do movimento
dir-se-ia que pára)
Quando chega à cidade
nenhum cais o abriga
O seu porão traz nada
nada leva à partida
Vozes e ar pesado
é tudo o que transporta
(E no mastro espelhado
uma espécie de porta)
Seus dez mil capitães
têm o mesmo rosto
A mesma cinta escura
o mesmo grau e posto
Quando um se revolta
há dez mil insurrectos
(Como os olhos da mosca
reflectem os objectos)
E quando um deles ala
o corpo sobre os mastros
e escruta o mar do fundo
Toda a nave cavalga
(como no espaço os astros)
Do princípio do mundo
até ao fim do mundo"
Mário Cesariny.
quarta-feira, 31 de maio de 2006
jerusalém
Acabei de ler um livro que venceu o Prémio LER/ millennium bcp no ano de 2004, e o Prémio José Saramago 2005. O vencedor do nobel, José Saramago, considera este livro como já pertencendo à grande literatura ocidental.
Está nas estantes da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco.