às vezes abre-se uma fonte e um lugar à frente para os outros. Mas nem sempre abrimos a porta a quem está em casa seja com a ajuda dos livros, das palavras ou dos gestos.
Este fragmento de tecido é um sinal de que podemos abrir as mãos como livros.
Este fragmento de tecido é um sinal de que podemos abrir as mãos como livros.
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Há homens a abrir as mãos como livros
superfícies intensas sem ruído – as nascentes
No rochedo liso, no deserto imprevisto
É quente o silêncio. É quieto de uma claridade
Atenta. Eles o abrem – o orvalho
e nem sempre o atravessa o lume
É sempre de manhã que se abrem as correntes
abrem os escritos sem abrir os lábios
eles sussurram sobre os ouvidos
do homem que fala sozinho
Nem sempre abrem a porta de quem está em sua casa
Nem a ferida que se cura com o tempo
Abrem uma fonte e um lugar à frente. Cada afluente
e o seu leito. Abrem
os anzóis profundos dos sinais
Daniel Faria
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Vivam as bibliotecas vivas!
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