quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

o grande silêncio

Cartuxa, Alpes

Em 1998, estive nos Alpes franceses, em Grenoble, durante cerca de um mês, reunida com bibliotecários dinamarqueses e franceses. Representava oficialmente a Associação Bibliomédia e a Biblioteca Municipal de V.N. de Famalicão, no Seminário “Construire L´Europe dans les Bibliothèques: l´approche de l´histoire et de la littérature de 3 pays européns Dinamarca, Portugal , França”.
Desenvolvíamos um projecto de intercâmbio cultural e literário entre estes países. Visitamos muitas bibliotecas públicas da região, a casa do escritor Sthendal, alguns museus e aprendemos muito uns com os outros. Discutíamos um renascimento social, através dos livros, periódicos, bibliotecas, que transformariam a sociedade. Construir a Europa, uma Europa mais unida pela diversidade cultural.
Subimos à montanha, de carro, e demos longos passeios a pé. Apreciei, de longe, a Cartuxa.
Na altura, tão ávida e apressada que estava em aprender tudo, que só por uma graça inexplicável, me apercebi do "grande silêncio".
O filme Die grosse Stille, do cineasta alemão Phillip Groning, sobre a vida de contemplação e meditação dos monges da Ordem Cartusiana, da Cartuxa dos Alpes, está a surpreender o mundo de hoje. Deixemo-nos, também apanhar desprevenidos e silenciemos a nossa existência, para ver e sentir a Chartreuse.
Não sei explicar, mas as bibliotecas, definitivamente, cruzaram-se com minha vida.
Vivam as bibliotecas vivas.

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