"O nome já diz tudo. “Internet das coisas” é aquela que irá se conectar a objetcos físicos: de um talão de cheques a uma bicicleta. A transição para a web 3.0 cobrirá toda a infra-estrutura necessária (hardware, software e serviços) para suportar esta rede de conexão de objetos. Em outubro do ano passado a Comissão Européia lançou uma consulta pública que propunha ações para que a região lidere esta “passagem”. As previsões da Europa são de que as primeiras soluções estarão no mercado em cinco anos. Esta conexão de objetos permite que eles próprios tenham um papel ativo no processo de informação, já que além de fazerem a troca de dados, terão a capacidade de comportarem sua identidade, com as propriedades físicas e informação sobre o ambiente. Será possível, por exemplo, o uso de sensores para o controle de energia e temperatura nas residências, ou a captação de informações sobre os produtos em exposição nas lojas. Do ponto de vista sociológico, o uso de objetos com essas características possibilita a redução de uma visão inicial e preconceituosa que “divide” o mundo em ambiente real e virtual, segundo o professor. Para ele, ao tornarmos os objetos mais “clicáveis” estaremos tornando a idéia de rede de dados menos submissa às lógicas de um aparelho preso à mesa, ou mesmo a dispositivos móveis convencionais. “A idéia apressada de entender a internet como potencializadora do isolamento e do individualismo ficará ainda mais relativizada. Por outro lado, há sim que se ter uma preocupação com o quanto que esse processo tensiona o campo das privacidades individuais e/ou coletivas. A internet foi fundada na dicotomia entre liberdade e proteção e parece que a cada nova "onda" de soluções advindas dela, essa lógica ou dicotomia se renova”. A “internet das coisas” permite, ainda, uma integração entre objetos, fazendo com que eles “saibam” a localização uns dos outros e se comuniquem. Ainda é prematuro tecer afirmativas definitivas sobre como essa prática pode modificar nosso cotidiano, mas a primeira idéia a ser pensada é a de que passaremos a visualizar o espaço e os objetos ao nosso redor com um conjunto de lentes distintas que poderão ser usadas isoladamente ou em conjunto. “Por exemplo: ao dotar um parque com diversos dados (histórico das manifestações que ali já ocorreram) passamos a passear por um território informacional e, eventualmente, poderemos não apenas "ler" os dados previamente colocados ali ligados a serviços, mas quem sabe acrescentar nossas próprias narrativas das cidades (imagens, histórias)”.
Fonte:IHU
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