As associações cívicas e culturais ASPA, Associação Cultural Sá de Miranda e a Velha-a-Branca promovem, no próximo dia 8 de Janeiro, no Mosteiro de Tibães, um jantar de homenagem ao ex-director da Biblioteca Pública de Braga, Henrique Barreto Nunes. Com este jantar e respectivo programa cultural, as associações referidas pretendem evocar e celebrar as causas de sempre de um homem que é um exemplo de luta constante pela afirmação cívica, cultural e democrática da cidade de Braga.
As inscrições devem ser efectuadas num dos seguintes locais:
- durante o dia - Livraria Centésima Página (Av. Central, 118-120)
- à noite - Velha-a-Branca (Largo da Senhora-a-Branca, 23)
mais informações
.e-mail - homenagemhbn@gmail.com
.blogue - henriquebarretonunes.blogspot.com
.telefone - 917 642 367
Nenhuma causa cívica é indiferente a Henrique Barreto Nunes. Ao longo dos últimos 35 anos, ele esteve presente em todas as formas de expressão colectiva que na sociedade bracarense se orientaram para a celebração e enraizamento da vida democrática, para a construção de uma identidade colectiva bem firmada no respeito escrupuloso da memória, mas aberta, livre e cosmopolita, e para a promoção da leitura e da cultura como espaços de revelação e de encontro dos homens e mulheres consigo próprios.
Profundamente confiante nos horizontes de futuro que o 25 de Abril abriu, Henrique Barreto Nunes sempre acreditou que a convivência colectiva numa sociedade livre deve assentar no reconhecimento das raízes comuns. O seu trajecto pessoal, profissional e cívico balizou-se pela combinação exigente entre a procura das bases da memória que edificam as identidades colectivas e a aposta nos caminhos inovantes que só o pensamento crítico e criativo enuncia.
Integrante das primeiras equipas que fizeram as escavações da Bracara Augusta, é um dos fundadores da ASPA e, ao longo dos anos, sempre com esta organização cívica, um dos principais responsáveis pela preservação do que resta da cidade romana, pela aquisição pelo Estado e a recuperação do Mosteiro de Tibães, pela salvaguarda de tantos edifícios, espaços, testemunhos artísticos, arquivos fotográficos e outros bens patrimoniais que, de outra forma, estariam destruídos ou descaracterizados. Nas batalhas ganhas e também nas perdidas, ajudou a enraizar a consciência comum de que não há poder ou interesse que possa legitimamente sobrepor-se à defesa do que é património de todos e que, por isso, a todos compete preservar.
Bibliotecário, dirigiu durante décadas a Biblioteca Pública de Braga e, mais recentemente, o Arquivo Distrital e contribuiu, como ninguém, para implantar um sistema de leitura pública no país, para inovar os modos de organização do serviço público de bibliotecas e, no quadro das suas responsabilidades como quadro superior da Universidade do Minho e do seu Conselho Cultural, para a criação da nova biblioteca pública de Braga, a Lúcio Craveiro da Silva.
Homem de cultura, apadrinhou a publicação de dezenas de livros, promoveu debates, exposições, colóquios, tertúlias sobre acontecimentos, pessoas ou efemérides marcantes, apresentou inúmeras publicações, dirigiu e dirige revistas como a Mínia, ajudou a nascer e consolidar projectos culturais e artísticos como o Sindicato da Poesia.
Escritor e publicista, encontra nas palavras que escreve ou que profere a medida justa de um pensamento atento ao fluir do mundo, rigoroso na denúncia com que os interesses cúpidos desfiguram o rosto da cidade e obstruem a possibilidade do bem-estar colectivo, insaciável na sugestão de novas possibilidades de descoberta e fruição da beleza e da verdade.
Homem de convicções democráticas profundas, cimentadas, bem antes do 25 de Abril, desde o tempo das lutas estudantis de 1969 em Coimbra, em todos os momentos em que a revitalização da democracia encontra uma oportunidade de mobilização e de combate encontra o Henrique na sua primeira fila.
No momento em que o Henrique Barreto Nunes deixa a sua actividade profissional na Biblioteca Pública e no Arquivo Distrital de Braga, as associações cívicas e culturais ASPA, Associação Cultural Sá de Miranda e a Velha-a-Branca - estaleiro cultural, decidiram homenageá-lo. O Henrique não precisa de reconhecimento ou de lisonjas. O primeiro já o tem e a segunda dispensa-as a sua humildade genuína, que é um traço de carácter de quem é grande. Mas as suas causas de sempre precisam de ser celebradas e evocadas. E prosseguidas. Ninguém nesta cidade as corporiza melhor. É verdade, nenhuma lhe é indiferente. Esta homenagem é uma forma simples de dizer que, com Henrique Barreto Nunes, nos sentimos mais fortes, mais cultos, mais íntegros e mais solidários.
A Comissão Organizadora: ASPA, ASSOCIAÇÃO CULTURAL SÁ DE MIRANDA e VELHA-A-BRANCA - ESTALEIRO CULTURAL
Vivam as bibliotecas vivas!
As inscrições devem ser efectuadas num dos seguintes locais:
- durante o dia - Livraria Centésima Página (Av. Central, 118-120)
- à noite - Velha-a-Branca (Largo da Senhora-a-Branca, 23)
mais informações
.e-mail - homenagemhbn@gmail.com
.blogue - henriquebarretonunes.blogspot.com
.telefone - 917 642 367
Nenhuma causa cívica é indiferente a Henrique Barreto Nunes. Ao longo dos últimos 35 anos, ele esteve presente em todas as formas de expressão colectiva que na sociedade bracarense se orientaram para a celebração e enraizamento da vida democrática, para a construção de uma identidade colectiva bem firmada no respeito escrupuloso da memória, mas aberta, livre e cosmopolita, e para a promoção da leitura e da cultura como espaços de revelação e de encontro dos homens e mulheres consigo próprios.
Profundamente confiante nos horizontes de futuro que o 25 de Abril abriu, Henrique Barreto Nunes sempre acreditou que a convivência colectiva numa sociedade livre deve assentar no reconhecimento das raízes comuns. O seu trajecto pessoal, profissional e cívico balizou-se pela combinação exigente entre a procura das bases da memória que edificam as identidades colectivas e a aposta nos caminhos inovantes que só o pensamento crítico e criativo enuncia.
Integrante das primeiras equipas que fizeram as escavações da Bracara Augusta, é um dos fundadores da ASPA e, ao longo dos anos, sempre com esta organização cívica, um dos principais responsáveis pela preservação do que resta da cidade romana, pela aquisição pelo Estado e a recuperação do Mosteiro de Tibães, pela salvaguarda de tantos edifícios, espaços, testemunhos artísticos, arquivos fotográficos e outros bens patrimoniais que, de outra forma, estariam destruídos ou descaracterizados. Nas batalhas ganhas e também nas perdidas, ajudou a enraizar a consciência comum de que não há poder ou interesse que possa legitimamente sobrepor-se à defesa do que é património de todos e que, por isso, a todos compete preservar.
Bibliotecário, dirigiu durante décadas a Biblioteca Pública de Braga e, mais recentemente, o Arquivo Distrital e contribuiu, como ninguém, para implantar um sistema de leitura pública no país, para inovar os modos de organização do serviço público de bibliotecas e, no quadro das suas responsabilidades como quadro superior da Universidade do Minho e do seu Conselho Cultural, para a criação da nova biblioteca pública de Braga, a Lúcio Craveiro da Silva.
Homem de cultura, apadrinhou a publicação de dezenas de livros, promoveu debates, exposições, colóquios, tertúlias sobre acontecimentos, pessoas ou efemérides marcantes, apresentou inúmeras publicações, dirigiu e dirige revistas como a Mínia, ajudou a nascer e consolidar projectos culturais e artísticos como o Sindicato da Poesia.
Escritor e publicista, encontra nas palavras que escreve ou que profere a medida justa de um pensamento atento ao fluir do mundo, rigoroso na denúncia com que os interesses cúpidos desfiguram o rosto da cidade e obstruem a possibilidade do bem-estar colectivo, insaciável na sugestão de novas possibilidades de descoberta e fruição da beleza e da verdade.
Homem de convicções democráticas profundas, cimentadas, bem antes do 25 de Abril, desde o tempo das lutas estudantis de 1969 em Coimbra, em todos os momentos em que a revitalização da democracia encontra uma oportunidade de mobilização e de combate encontra o Henrique na sua primeira fila.
No momento em que o Henrique Barreto Nunes deixa a sua actividade profissional na Biblioteca Pública e no Arquivo Distrital de Braga, as associações cívicas e culturais ASPA, Associação Cultural Sá de Miranda e a Velha-a-Branca - estaleiro cultural, decidiram homenageá-lo. O Henrique não precisa de reconhecimento ou de lisonjas. O primeiro já o tem e a segunda dispensa-as a sua humildade genuína, que é um traço de carácter de quem é grande. Mas as suas causas de sempre precisam de ser celebradas e evocadas. E prosseguidas. Ninguém nesta cidade as corporiza melhor. É verdade, nenhuma lhe é indiferente. Esta homenagem é uma forma simples de dizer que, com Henrique Barreto Nunes, nos sentimos mais fortes, mais cultos, mais íntegros e mais solidários.
A Comissão Organizadora: ASPA, ASSOCIAÇÃO CULTURAL SÁ DE MIRANDA e VELHA-A-BRANCA - ESTALEIRO CULTURAL
Vivam as bibliotecas vivas!
1 comentário:
O nome de Henrique Barreto Nunes foi-me dado a conhecer quando, em busca d emateriasl sobre a leitura e as bibliotecas numa antiga Biblioteca GUlbenkian agora municipal, descobri um texto maravilhoso "leve um livro para a cama". De facto só alguém com muita sensibilidade e atento a tudo o que de bom nos rodeia poderia escrever assim...Quis o destino que viesse mais tarde a conhecer uma irmã deste senhor, a Doutora Manuela Barreto Nunes ,minha estimada orientadora da Tese de Mestrado que à semelhança de tudo o que li sobre a pessoa que é Henrique Barreto Nunes, "veste" as mesmas qualidades e virtudes. Ainda bem que estamos rodeados de pessoas assim! Felicito a organização d etal evento pois cada vez mais creio que a nossa sociedade precisa de enaltcer o que é realmente profícuo para o nossso bem-estar, deixando de lado tudo o que show-off e perfeitamente dispensável.
Teresa Figueiredo, professora, Vouzela
Enviar um comentário